SAPINDACEAE

Serjania fluminensis Acev.-Rodr.

EN

EOO:

1.127,558 Km2

AOO:

28,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie é endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015), onde foi coletada na Região dos Lagos, nos municípios de Armação de Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras e Saquarema (Somner, et al., 2014).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Rodrigo Amaro
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)
Categoria: EN
Justificativa:

Espécie de liana terrícola endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015), é encontrada em vegetação de Restinga da Região dos Lagos, nos municípios de Armação de Búzios, Cabo Frio, Rio das Ostras e Saquarema (Somner et al., 2014). Possui EOO=985 km² e AOO=28 km² e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. Suspeita-se que sofra perda de qualidade de hábitat, além de declínio de EOO e AOO, em consequência do adensamento urbano com degradação das restingas, sendo essa a principal causa de ameaça para a espécie (Davidovich, 2001; Ribeiro e Oliveira, 2009; Bohrer et al., 2015).

Último avistamento: 2008
Quantidade de locations: 4
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em Brittonia 39: 348, fig. 1987.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: liana
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Restinga
Fitofisionomia: Vegetação de Restinga
Habitats: 3.5 Subtropical/Tropical Dry Shrubland
Detalhes: Liana terrícola, de ocorrência em domínios fitogeográfico Mata Atlântica, em áreas de Restinga (BFG, 2015).
Referências:
  1. BFG (The Brazil Flora Group), 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4):1085–1113. Doi: 10.1590/2175-7860201566411.

Reprodução:

Detalhes: Encontrada com flores e frutos em maio (R.N. Damasceno 952).
Fenologia: flowering (May~May), fruiting (May~May)

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1 Residential & commercial development locality,habitat,occupancy,occurrence past,present,future regional high
O adensamento populacional na Região dos Lagos vem crescendo consideravelmente nas últimas décadas, em função, principalmente, de investimentos na infraestrutura de transporte, que facilitou o investimento imobiliário (Davidovich, 2001). Cabo Frio vem apresentando nas últimas quatro décadas um ritmo de crescimento bem acima da média estadual e mesmo nacional, em decorrência dos royalties da exploração de petróleo na plataforma continental, mas sobretudo por sua vocação para o turismo em sua orla marítima, que influenciou toda sua infra-estrutura urbana (Ribeiro e Oliveira, 2009). As áreas antrópicas recobrem cerca de 60% da área da região de Cabo Frio, e arredores, um importante centro de biodiversidade mundial (Bohrer et al., 2015). As áreas mais afetadas estão localizada nas sedes municipais, no entorno da Lagoa de Araruama, ao longo das rodovias RJ 106 e RJ 140 e nas áreas costeiras (Bohrer et al., 2015). A vegetação de restinga, outrora existente entre os municípios de Cabo Frio e Casimiro de Abreu, foram praticamente eliminadas nos últimos 20 anos. O principal motivo para essa perda foi a acentuada crescimento de empreendimentos imobiliários e loteamentos que hoje dominam o cenário local (Leme, 2000).
Referências:
  1. Leme, E.M.C. 2000. Nidularium - Bromélias Da Mata Atlântica. Sextante, Rio de Janeiro, RJ.
  2. Ribeiro, G., Oliveira, L.D. de. 2009. As Territorialidades da Metrópole no Século XXI: Tensões entre o Tradicional e o Moderno na Cidade de Cabo Frio-RJ. Geo UERJ 3, 108–127.
  3. Davidovich, F. 2001. Metrópole e território : metropolização do espaço no Rio de Janeiro. Cad. Metrópole 6, 67–77.
  4. Bohrer, C.B. de A., Dantas, H.G.R., Cronemberger, F.M., Vicens, R.S., Andrade, S.F. de. 2015. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro Mapeamento da vegetação e do uso do solo no Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio , Rio de Janeiro. Rodriguésia 60, 1–23.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
Espécie ocorre no interior do Reserva Estadual de Jacarepiá (M. Ferrucci e G. Somner 951).